“É andando nas trilhas, na mata, que as folhas, sementes e pedras saltam aos meus olhos. Um brilho, uma forma, uma cor. Recolho e arrumo buscando harmonia entre o que coletei. Isso fiz sempre, desde menina, e com insetos mortos também. Há alguns anos é que comecei a fotografar as composições e achei que chamá-las de coleções era o mais justo com o universo”.
— lucila de jesus é psicanalista e pesquisadora do universo onírico ameríndio. publicou “Na fronteira das relações de cuidado em saúde indígena" (annablume, 2011) e o livro de poesia “Ponte” (patuá, 2018). aqui, suas coleções deixaram a forma de composições para retornarem ao seu estágio anterior: de-composições, fragmentos em dispersão pela mataviva.