“(chiados de uma fita K7)
: a experiência, como você sabe, é uma espécie de recordação, tudo o que se vive já se imaginou, tudo o que se imagina pertence ao futuro, e tudo o que está no futuro já está aqui como um indício, pequena fuga, rascunho de um sonho, uma melodia que se reconhece, uma cidade isolada, uma imagem que se decompõe. eu poderia explicar ao senhor e a toda a sua equipe o que seria estar entre o primeiro e o último estágio, mas não há essa divisão em nosso mundo, o nosso mundo, aliás, é feito de uma atmosfera estranha à sua própria natureza, como os senhores podem notar, há apenas esse deserto amplo, um espaço ausente :”
— Guilherme Gerais compõe seu trabalho multidisciplinar com um sortimento tátil de arranjos, formas, texturas e criações da sua própria imaginação, por meio da produção de fotografias, vídeos, trabalhos sonoros, livros e instalações, com especial interesse na construção de narrativas semi-ficcionais e divagações sobre a realidade.