com Andreza Poitena & Josimas Ramos
Pixações, shows, bicicletadas, destruição de calçamento urbanos para a plantação de árvores. Essas foram algumas das primeiras ações feitas por Andreza e Josimas quando chegaram, há uma década, em Peruíbe, região de mata atlântica, no litoral do estado de São Paulo. “Decidimos que era a hora de fazer tudo isto sem o peso de pagar a existência de um lugar que não tem solução: a cidade”.
Distantes de um grande centro urbano, os dois deram continuidade às edições de livros e zines e à gravação e distribuição de discos. Em um curto espaço de tempo, a partir das pesquisas sobre bioconstrução, se aliaram aos Guarani. Ao lado dos indígenas, que retomavam uma área invadida por uma mineradora, afirmaram uma parceria vital e de resistência.
Na conversa a seguir, Andreza e Josimas contam um pouco desse encontro e também das relações de apoio às múltiplas vidas na mata. “Iniciamos os plantios de árvores frutíferas, tanto para nós quanto para os bichos da floresta. Temos cuidado das árvores já existentes para voltarem a dar frutas e com isto gerarem mais alimentos para os animais daqui”.
Sobre a existência cotidiana formada por cuidados antiautoritários com a comida, a lida com a terra em liberdade, Andreza e Josimas apresentam uma ruidosa alegria. Por fim, concluem a conversa com um desafio irresistível. Que tal?
Distantes de um grande centro urbano, os dois deram continuidade às edições de livros e zines e à gravação e distribuição de discos. Em um curto espaço de tempo, a partir das pesquisas sobre bioconstrução, se aliaram aos Guarani. Ao lado dos indígenas, que retomavam uma área invadida por uma mineradora, afirmaram uma parceria vital e de resistência.
Na conversa a seguir, Andreza e Josimas contam um pouco desse encontro e também das relações de apoio às múltiplas vidas na mata. “Iniciamos os plantios de árvores frutíferas, tanto para nós quanto para os bichos da floresta. Temos cuidado das árvores já existentes para voltarem a dar frutas e com isto gerarem mais alimentos para os animais daqui”.
Sobre a existência cotidiana formada por cuidados antiautoritários com a comida, a lida com a terra em liberdade, Andreza e Josimas apresentam uma ruidosa alegria. Por fim, concluem a conversa com um desafio irresistível. Que tal?
mataviva
é comum a associar os punks à cidade mas, ao mesmo tempo, caracterizá-los como “selvagens” em relação à urbanidade. a própria incorporação do cabelo moicano por punks, uma referência explícita aos ameríndios, afirma essa estranheza. quando e como vocês decidiram se afastar do espaço urbano?
andreza e josimas
Sim, o punk surgiu como um movimento urbano em meio às grandes cidades. Em pouco tempo ele se alastrou pelo mundo e também por outras realidades que incidem sobre contextos não urbanos. Desde a Dial House, casa coletiva punk onde a banda inglesa Crass se formou e existiu, até grupos rurais do interior da Bahia, o punk também construiu sua utopia em áreas afastadas das cidades. A gente costuma dizer que o punk está dentro das pessoas, e onde elas estão, o punk está.
Em viagens por alguns lugares, ora através da leitura ou de forma física mesmo, conhecemos punks que vivem em meio à natureza, se relacionando com ela e seu entorno de uma forma mais harmoniosa, e se colocando contra o capitalismo e sua essência de uma forma ainda mais rebelde, vivendo coletivamente e buscando autonomia.
Nós, por entendermos o punk como uma ferramenta rebelde contra a forma que a sociedade vive, mesmo fazendo parte dela, buscamos alternativas para construir um mundo com novas formas de se relacionar, tanto entre as pessoas como com o planeta. Neste processo entendemos que é preciso você ter espaço na vida para isto. Quando dizemos espaço, queremos dizer tempo para ter calma, se inspirar e construir. Nos grandes centros urbanos não existe este espaço, a vida na cidade é uma bola de ferro presa por uma corrente nas nossas duas canelas, e tentar dar um passo à frente, em busca de algo, é machucar a pele e consequentemente estarmos estagnados. Nas cidades, o punk consegue, por ser um rebelde indomável, gritar, se revoltar, viver um tanto fora do sistema, mas além das correntes presas às pernas, ainda tem as mãos atadas. É muito difícil não ser engolido pela pressa e pelo alto custo de vida das grandes cidades, e nós acabamos tendo que escolher entre sobreviver ou construir um outro mundo.
Inicialmente escolhemos os dois. Construímos coisas interessantes na cidade de São Paulo, como espaços culturais anarquistas, lugares para shows punks, bibliotecas, lanchonetes veganas, bandas... Mas tudo sempre com um preço muito alto, e decidimos que era a hora de fazer tudo isto sem o peso de pagar a existência de um lugar que não tem solução, a cidade.
Neste momento, decidimos que precisávamos aproveitar melhor a nossa energia e ter espaço em nossas vidas para uma leveza que nos permitisse ser mais autônomos e construir outra relação com a floresta e seus habitantes, com as pessoas e entre nós.
Em viagens por alguns lugares, ora através da leitura ou de forma física mesmo, conhecemos punks que vivem em meio à natureza, se relacionando com ela e seu entorno de uma forma mais harmoniosa, e se colocando contra o capitalismo e sua essência de uma forma ainda mais rebelde, vivendo coletivamente e buscando autonomia.
Nós, por entendermos o punk como uma ferramenta rebelde contra a forma que a sociedade vive, mesmo fazendo parte dela, buscamos alternativas para construir um mundo com novas formas de se relacionar, tanto entre as pessoas como com o planeta. Neste processo entendemos que é preciso você ter espaço na vida para isto. Quando dizemos espaço, queremos dizer tempo para ter calma, se inspirar e construir. Nos grandes centros urbanos não existe este espaço, a vida na cidade é uma bola de ferro presa por uma corrente nas nossas duas canelas, e tentar dar um passo à frente, em busca de algo, é machucar a pele e consequentemente estarmos estagnados. Nas cidades, o punk consegue, por ser um rebelde indomável, gritar, se revoltar, viver um tanto fora do sistema, mas além das correntes presas às pernas, ainda tem as mãos atadas. É muito difícil não ser engolido pela pressa e pelo alto custo de vida das grandes cidades, e nós acabamos tendo que escolher entre sobreviver ou construir um outro mundo.
Inicialmente escolhemos os dois. Construímos coisas interessantes na cidade de São Paulo, como espaços culturais anarquistas, lugares para shows punks, bibliotecas, lanchonetes veganas, bandas... Mas tudo sempre com um preço muito alto, e decidimos que era a hora de fazer tudo isto sem o peso de pagar a existência de um lugar que não tem solução, a cidade.
Neste momento, decidimos que precisávamos aproveitar melhor a nossa energia e ter espaço em nossas vidas para uma leveza que nos permitisse ser mais autônomos e construir outra relação com a floresta e seus habitantes, com as pessoas e entre nós.


mv a vida de vocês na mata atlântica é próxima aos indígenas Guarani, como se dá essa relação cotidianamente?
a & j
Quando mudamos de São Paulo, a cidade demorou bastante para sair de dentro de nós. Chegamos em uma cidade pequena, mas com hábitos que tínhamos em São Paulo. Chegamos organizando bicicletadas, shows, intervenções urbanas, quebramos calçadas para plantar árvores em praças públicas, pixamos lugares. Em uma destas intervenções colocamos em prática um pouco de bioconstrução, e uma comunidade tupi guarani, que estava reocupando uma área que era explorada por uma mineradora, nos procurou para construirmos casas na aldeia, unindo nossas técnicas. Assim surgiu este contato com os povos tupi guarani da região. Isso foi em 2012, e depois esta rede de apoio e solidariedade cresceu, tomou uma forma bem bonita, e tem feito parte tanto das nossas vidas como dessas famílias.
Quanto à relação cotidiana, é importante ter uma prática bem desafiadora: aprender a ouvir. Nós, mesmo tendo indígenas e caiçaras em nossas famílias, não somos indígenas, e é importante entender isso. A cultura na qual fomos criados e educados em nada tem a ver com a cultura em que indígenas estão inseridos e a forma como enxergam tudo na vida. Aprendemos todos os dias com as famílias, em cada detalhe, em cada casa construída, em cada minuto em volta da fogueira, em cada manifestação, em cada Txu’ú comido na hora da comida coletiva, em cada chá compartilhado, e isto é viver cotidianamente. Lutar juntos, construir juntos, cozinhar juntos, rir juntos, cantar juntos e poder dançar sempre que o corpo pedir, sempre juntos.
Quanto à relação cotidiana, é importante ter uma prática bem desafiadora: aprender a ouvir. Nós, mesmo tendo indígenas e caiçaras em nossas famílias, não somos indígenas, e é importante entender isso. A cultura na qual fomos criados e educados em nada tem a ver com a cultura em que indígenas estão inseridos e a forma como enxergam tudo na vida. Aprendemos todos os dias com as famílias, em cada detalhe, em cada casa construída, em cada minuto em volta da fogueira, em cada manifestação, em cada Txu’ú comido na hora da comida coletiva, em cada chá compartilhado, e isto é viver cotidianamente. Lutar juntos, construir juntos, cozinhar juntos, rir juntos, cantar juntos e poder dançar sempre que o corpo pedir, sempre juntos.
mv vocês mantém uma gráfica e uma editora. o que vocês têm lançado?
a & j
Moramos em uma área de reserva, em um espaço em meio à mata atlântica chamado Semente Negra. Ele é o espaço do Cultive Resistência ︎︎︎, que é onde muitas coisas acontecem, inclusive a No gods No masters
︎︎︎, que é um selo, uma distro, uma editora de materiais rebeldes. Lançamos livros, discos, zines, temos uma oficina de serigrafia onde telamos camisetas e um estúdio musical. Os últimos lançamentos que fizemos foram os discos das bandas Discarga Violenta, Karne Krua e In Venus, todos em vinil. Quanto aos livros, um de nossos últimos lançamentos foi Eles nos devem uma vida. Escritos, diálogos e gritos! Este livro contém todos os artigos escritos pela banda punk Crass. E lançamos também o livro Da democracia à liberdade, que discute e apresenta as faces que o mundo dá à democracia e como isto é usado para controlá-lo.
mv a mudança de são paulo para peruíbe alterou o tipo de material que interessa à editora?
a & j
Nós tentávamos não ser fechados em relação às diversas propostas políticas que nos cercavam, e pensamos que se for algo rebelde e libertário, merece ser apoiado. Mas, com o tempo, fomos vendo que existe muita coisa boa que estava distante de nós, e isso nos fez parar e ouvir melhor. Não chega a ser uma alteração no tipo de material, pois seguimos gostando de material rebelde, mas existe muita rebeldia além daquilo que nos chegava anteriormente.

mv distantes de um centro urbano como vocês tem feito para distribuir zines e livros?
a & j Em uma cidade como São Paulo isso se torna mais fácil pois muitas pessoas circulam, se encontram, e é uma cidade enorme com milhões de pessoas. A princípio ficamos preocupados com isso, mas porque não conhecíamos um outro jeito. Pensar que as coisas acontecem em todos os lugares e não só em grandes cidades é o primeiro passo para você se libertar dos centros urbanos. E isso também estava dentro da nossa proposta quando decidimos abandonar São Paulo, nos desafiar e criar outras formas de trabalho e outro projeto de vida. Poder manter a distribuidora e a editora de qualquer lugar do mundo, poder viajar com ela, criar novas perspectivas e inspirações.
Temos um site onde as pessoas podem fazer seus pedidos e vamos aos correios uma vez por semana postar. A maioria das produções fazemos aqui mesmo, em nossa casa, e fazemos com muito amor e carinho, pois queremos que este sentimento chegue às pessoas somando ao sentimento revolucionário que nos une.
Temos um site onde as pessoas podem fazer seus pedidos e vamos aos correios uma vez por semana postar. A maioria das produções fazemos aqui mesmo, em nossa casa, e fazemos com muito amor e carinho, pois queremos que este sentimento chegue às pessoas somando ao sentimento revolucionário que nos une.
mv como vocês chegaram inicialmente aos questionamentos ecológicos? foi com o punk ou o anarquismo? ou os dois simultaneamente?
a & j Bem, o punk e o anarquismo chegaram em nossas vidas um ao lado do outro. O anarquismo foi se fortalecendo com o tempo, pois o anarquismo que conhecemos junto com o punk era mais inocente e sem uma proposta de construção social. O punk leva a gente a querer aprender muito, e conhecer o anarquismo mais a fundo foi consequência da vontade de construir um mundo novo.
Nesta labuta danada que é criar novas formas de vida, os questionamentos ligados à ecologia aparecem como uma ferramenta muito necessária, pois cuidar do planeta é essencial para destruir esta sociedade e construir outra.
Na época em que nos aproximamos desses questionamentos ecológicos, estávamos no Espaço Impróprio, espaço anarquista auto gerido, que ficava bem no Centro de SP, em uma travessa da Rua Augusta. Com o aluguel e as contas caras, não conseguíamos realizar todos nossos projetos ali, e vimos que faltava algo, que é a autonomia desse sistema de trabalho/contas/ sobrevivência.
Começamos a ler e a conhecer coletivos anarquistas que moravam na área rural, plantavam, faziam compostagem, cuidavam das águas, etc, e conhecemos a permacultura em 2009. Foi aí que fomos atrás desses conhecimentos e criamos o Cultive Resistência, iniciando um projeto com esse objetivo. Daí pra frente foi só planejamento para construirmos o que temos hoje. Foi um caminho longo, mas muito apaixonante e enriquecedor, afinal, autonomia é liberdade!
Nesta labuta danada que é criar novas formas de vida, os questionamentos ligados à ecologia aparecem como uma ferramenta muito necessária, pois cuidar do planeta é essencial para destruir esta sociedade e construir outra.
Na época em que nos aproximamos desses questionamentos ecológicos, estávamos no Espaço Impróprio, espaço anarquista auto gerido, que ficava bem no Centro de SP, em uma travessa da Rua Augusta. Com o aluguel e as contas caras, não conseguíamos realizar todos nossos projetos ali, e vimos que faltava algo, que é a autonomia desse sistema de trabalho/contas/ sobrevivência.
Começamos a ler e a conhecer coletivos anarquistas que moravam na área rural, plantavam, faziam compostagem, cuidavam das águas, etc, e conhecemos a permacultura em 2009. Foi aí que fomos atrás desses conhecimentos e criamos o Cultive Resistência, iniciando um projeto com esse objetivo. Daí pra frente foi só planejamento para construirmos o que temos hoje. Foi um caminho longo, mas muito apaixonante e enriquecedor, afinal, autonomia é liberdade!


mv a comida, os cuidados com a produção de alimentos, desde o final do século XIX, foi uma preocupação dos anarquistas. como vocês, morando na mata atlântica, se relacionam com a alimentação?
a & j Esta é uma questão bem interessante e que muitas vezes é deixada de lado. Às vezes dizemos que alguns anarquistas estão esperando a revolução acontecer para notar que a alimentação é uma arma extremamente potente.
O ciclo da alimentação em nossa sociedade é baseado na destruição das florestas, no alto consumo de água e no uso absurdo de veneno. Este ciclo é danoso para o planeta Terra e todos seres que vivem nele, inclusive nós, humanos. Comemos mal, ficamos doentes, patrocinamos o assassinato de animais, patrocinamos o desmatamento e o enriquecimento daqueles que odiamos.
É preciso repensar urgentemente a nossa alimentação, a forma que nos relacionamos com ela. Nos querem doentes e precisamos revidar.
Nós somos adeptos do veganismo, uma proposta de vida que nega a exploração dos animais e da Terra, uma proposta anti-capitalista de boicote aos destruidores do planeta.
Muitas pessoas dizem erroneamente que o veganismo é elitista e caro. Nós dizemos que o veganismo é a forma mais econômica e saudável de se alimentar e viver, além de evitar muito sofrimento e dor. Nas feiras livres você encontra uma diversidade de vegetais de boa qualidade por 3 ou 4 reais o quilo. É isto mesmo: um quilo de alimento por 4 reais. Isto não é caro, pelo menos para muitas pessoas não é. Caro é um quilo de carne, cheio de hormônios, dor, sangue, que consome 15 mil litros de água e sete quilos de grãos para chegar até à mesa de uma pessoa - e este mesmo quilo de carne custa 40 reais. Então esta conta está fácil de fazer: 40 reais é muito mais caro que 4 reais e, infelizmente, essa conta ainda fica pior se considerarmos a destruição que geramos nesta linha de produção.
Aqui onde a gente mora existem muitos produtores locais, coletivos de mulheres produtoras, feiras locais, feiras livres. Existe uma rede solidária que foi criada por mulheres que distribuem esses produtos. Desde vegetais, raízes, legumes, frutas e também produtos que eles mesmo fabricam, como geleias, farinha de milho, etc. Ou você pode ir nas feiras também. Os outros alimentos, como cereais, grãos, entre outros, a gente compra em armazéns.
O ciclo da alimentação em nossa sociedade é baseado na destruição das florestas, no alto consumo de água e no uso absurdo de veneno. Este ciclo é danoso para o planeta Terra e todos seres que vivem nele, inclusive nós, humanos. Comemos mal, ficamos doentes, patrocinamos o assassinato de animais, patrocinamos o desmatamento e o enriquecimento daqueles que odiamos.
É preciso repensar urgentemente a nossa alimentação, a forma que nos relacionamos com ela. Nos querem doentes e precisamos revidar.
Nós somos adeptos do veganismo, uma proposta de vida que nega a exploração dos animais e da Terra, uma proposta anti-capitalista de boicote aos destruidores do planeta.
Muitas pessoas dizem erroneamente que o veganismo é elitista e caro. Nós dizemos que o veganismo é a forma mais econômica e saudável de se alimentar e viver, além de evitar muito sofrimento e dor. Nas feiras livres você encontra uma diversidade de vegetais de boa qualidade por 3 ou 4 reais o quilo. É isto mesmo: um quilo de alimento por 4 reais. Isto não é caro, pelo menos para muitas pessoas não é. Caro é um quilo de carne, cheio de hormônios, dor, sangue, que consome 15 mil litros de água e sete quilos de grãos para chegar até à mesa de uma pessoa - e este mesmo quilo de carne custa 40 reais. Então esta conta está fácil de fazer: 40 reais é muito mais caro que 4 reais e, infelizmente, essa conta ainda fica pior se considerarmos a destruição que geramos nesta linha de produção.
Aqui onde a gente mora existem muitos produtores locais, coletivos de mulheres produtoras, feiras locais, feiras livres. Existe uma rede solidária que foi criada por mulheres que distribuem esses produtos. Desde vegetais, raízes, legumes, frutas e também produtos que eles mesmo fabricam, como geleias, farinha de milho, etc. Ou você pode ir nas feiras também. Os outros alimentos, como cereais, grãos, entre outros, a gente compra em armazéns.
mv o que vocês têm plantado? e como vocês tem plantado?
a & j Bem, nós moramos em um lugar muito incrível, mas que estava, de certa forma, abandonado. Estamos tendo muito trabalho para tornar o espaço funcional e poder nos dedicar melhor ao plantio.
Iniciamos os plantios de árvores frutíferas, tanto para nós quanto para os bichos da floresta. Temos cuidado das árvores já existentes para elas voltarem a dar frutas e com isto gerarem mais alimentos para os animais daqui.
Fizemos alguns experimentos com alguns plantios, mas começamos a ter que dividir com as formigas e de uma forma bem desigual, pois elas, em um curto prazo, comeram tudo.
Entendemos, pois elas têm um papel fundamental no cuidado da terra e precisam destas plantas também. Estamos tentando plantar hortaliças, tomates, abóbora, batatas e milho sem precisar usar veneno, e está sendo uma experiência única. Chegar, entender o ambiente e inserir nossas necessidades. Nosso ora-pro-nóbis foi o único que resistiu e começou a brotar de novo depois de um ataque forte. O local que estamos estava abandonado, foi desmatado, e as formigas estavam trabalhando duro na terra. Chegamos para ajudá-las.
Aqui temos banana prata, nanica, ouro, maçã e roxa. Temos jaca mole e jaca dura, goiaba, araçá, abacate, jussara, limão, cacau, pitanga, ameixa, amora, uvaia, araticum do mato, pitomba do mato. Esses últimos os macacos pregos sempre vêm comer.
Plantamos e cuidamos das plantas sempre utilizando técnicas agroflorestais e agroecológicas.
Sabemos que para muitas pessoas a cultura do trabalhar para ter dinheiro, para poder comprar comida é a única opção, e é difícil este momento de dar o basta e mudar completamente de vida. Mas depois que você enxerga a forma como somos controlados, manipulados e explorados, ligar o foda-se para o capitalismo é libertador e um ótimo desafio.
Saúde e anarquia!
Iniciamos os plantios de árvores frutíferas, tanto para nós quanto para os bichos da floresta. Temos cuidado das árvores já existentes para elas voltarem a dar frutas e com isto gerarem mais alimentos para os animais daqui.
Fizemos alguns experimentos com alguns plantios, mas começamos a ter que dividir com as formigas e de uma forma bem desigual, pois elas, em um curto prazo, comeram tudo.
Entendemos, pois elas têm um papel fundamental no cuidado da terra e precisam destas plantas também. Estamos tentando plantar hortaliças, tomates, abóbora, batatas e milho sem precisar usar veneno, e está sendo uma experiência única. Chegar, entender o ambiente e inserir nossas necessidades. Nosso ora-pro-nóbis foi o único que resistiu e começou a brotar de novo depois de um ataque forte. O local que estamos estava abandonado, foi desmatado, e as formigas estavam trabalhando duro na terra. Chegamos para ajudá-las.
Aqui temos banana prata, nanica, ouro, maçã e roxa. Temos jaca mole e jaca dura, goiaba, araçá, abacate, jussara, limão, cacau, pitanga, ameixa, amora, uvaia, araticum do mato, pitomba do mato. Esses últimos os macacos pregos sempre vêm comer.
Plantamos e cuidamos das plantas sempre utilizando técnicas agroflorestais e agroecológicas.
Sabemos que para muitas pessoas a cultura do trabalhar para ter dinheiro, para poder comprar comida é a única opção, e é difícil este momento de dar o basta e mudar completamente de vida. Mas depois que você enxerga a forma como somos controlados, manipulados e explorados, ligar o foda-se para o capitalismo é libertador e um ótimo desafio.
Saúde e anarquia!
